Observatório realiza primeiro seminário sobre equidade educacional em Maceió

Professores e alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) participaram do I Seminário do Observatório de Equidade Educacional, realizado no campus de Maceió em 22 de fevereiro.

O seminário reuniu estudantes e docentes não só da capital alagoana, mas também das cidades de Boca da Mata, São Sebastião e Campo Alegre. O próximo seminário está programado para maio deste ano.

O Observatório de Equidade Educacional é uma ação do Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Básica, em parceria com o Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (NEES), ligado à Ufal.

“Foi importante porque além da divulgação de resultados parciais e validação de estratégias de comunicação, durante o encontro surgiram novas propostas de estudos, parcerias e publicações”, destacou a coordenadora do observatório, Angelina Nunes de Vasconcelos, que é também professora do curso de psicologia da Ufal.

Ela e o vice-coordenador do observatório, Leogildo Alves, deram as boas vindas aos participantes. O evento contou com apresentação dos pesquisadores Gabriel Fortes, Carine Valéria Mendes, Paula Miura, Adélia Oliveira, Larissa Berta, Raíssa Ferreira e Alcimar Trancoso, que também integram o grupo.

“É muito bom ver que o NEES está criando parcerias com o mundo da psicologia e da educação. É importante perceber como diferentes áreas como a psicologia, a computação e a ciência de dados podem contribuir para a equidade educacional”, destacou o diretor de Operações do NEES, Leonardo Marques.

DEBATES

Um dos debates foi sobre “Perspectiva Crítica e Interseccional Aplicada aos Dados da Educação Brasileira”. Uma das conclusões é que através de uma perspectiva crítica e interseccional esses dados abertos da educação brasileira apresentam padrões de injustiça e desigualdade.

“Concluímos que somente através de uma análise mais ajustada aos diferentes grupos populacionais poderemos promover equidade real na educação brasileira”, comentou Gabriel Fortes, pesquisador e professor da Universidad Alberto Hurtado do Chile.

Outro estudo debatido no seminário abordou o tema “Equidades Educacionais e Interseccionalidades: Documentos Primários (PEEs e PMEs) e Secundários (Artigos) em Análise”. Foi apresentado por Raíssa Ferreira e Alcimar Trancoso. 

A pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira contou com uma análise de artigos sobre o conceito de equidade. O resultado do estudo será em breve publicado em formato de e-book.

A segunda fase contemplou a avaliação dos Planos Estaduais de Educação (PEE) e Planos Municipais de Educação (PME) dos nove Estados do Nordeste e suas respectivas capitais.

“A partir dessa ação com os planos de educação, fizemos o mapeamento e análise das ocorrências e dos sentidos do termo equidade nesses documentos. Também a categorização dos termos quilombolas e indígenas especificamente nos planos de educação de Alagoas e Maceió”, explicou Raíssa Ferreira.

O grupo atuou ainda na enumeração de legislação pertinente à equidade e interseccionalidades que podem orientar os planos de educação; e na elaboração de caixas de perguntas e respostas orientadoras de planos educacionais. Está previsto também um artigo com a análise documental realizada. 

Segundo Raíssa Ferreira, todos os documentos analisados serão disponibilizados no site do observatório. Uma nova etapa da pesquisa prevê a investigação dos planos de educação das demais regiões e capitais brasileiras.

Essa frente de estudo qualitativo foi coordenada por Gabriel Fortes e orientada pelas pesquisadoras Adélia Oliveira e Paula Miura. Participaram Iara Silva, Clara Mariani, Analice Tenório, Rayssa Nobre e Werverton Silva, todos alunos de iniciação científica da graduação em psicologia da Ufal.

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